sábado, 1 de dezembro de 2007

A noite que restou



Quem vem lá?
Acendendo a noite
Com uma outra noite
Em forma de sorte
Secreta até pra mim?

Quem vem lá?
Um hospedeiro forte
Que vem sugar-me a morte
Que estava entranhada
Estancada
Em sangue
E com sua boca amorosa
Foi despejada
Virou mangue
E fez de tudo treva
Menos a mim
Um Sol
Livre de fim?

Serafim?
Qual será teu nome?

Mostra-se-me inteiro
Companheiro
Deixa esse breu seu
Esse mucoso pântano
Que é o futuro das previsões
Do que ainda não tem forja
Nem tem feito

Surja-se no plano da existência
E traz-me à plena consciência
Da alvorada.

Mas se preferir
Envolva-me no teu manto
De noite...
Que eu anoiteça
Dentro do seu dia
E desapareça
Da face do que sou.

A sua noite sendo tudo o que de mim restou.

2 comentários:

  1. "Bonito e triste.
    Porque eu sou assim:
    Bonito e triste."
    Lembra...
    Meu poeta-maestro.

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  2. Fala, hermano!
    Vi há pouco o seu scrap lá no orkut! As coisas tão corridas por aqui então não tou acessando muito a net!

    Valeu pelo comentário no Oh-Dreame.
    Você, para variar, mandando mais que bem.

    Volta logo, estamos com saudades!

    Juninho

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