terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Pé de firmamento



Na estrada para o sol
Poeira é nuvem

Na entrada para o céu
Palmeira é raio

Um galho de raio
Arranha o semblante azul
E o infinito
Fica mais bonito
Ferido

Silêncio: racha dura racha dura rachadura...

(Cada raio é raiz arrancada)

O monumento azul
Desaba
Pelos corredores do ar
E se acaba!
Feito um cadáver
Chamado mar

(Quantos céus desabaram para um oceano se formar)...

Mas basta sobrar um pé de firmamento
Bom de se pendurar estrela
Para o menino, cheio de atrevimento,
Subir para acendê-la.