sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Mapa



A tua existência branca
Traz paz ao meu mundo
Arranca a carranca
Do meu bicho imundo
Amansa minha essência
Teu riso diverte meu silêncio
Compensa minha ignorância.
A simples comprovação
Do teu corpo ocupando uma ocasião
Enche-me de esperança
Pois se você existe
De onde você veio
Deve haver muito mais...
Um infinito de você
É minha aventura a perseguir
É o meu fim mais infinito.

Você, tua existência inteira e teu riso:
O mapa pro meu paraíso.

sábado, 10 de novembro de 2007

Eu e Ela



Minha vida está suspensa
Num acorde de suspense
E tudo que ainda penso
Que não seja ela, dispenso.

Meus dias estão solitários
E o mundo solidário
Anuncia que vai parar também:

Parem as marés
Parem as estações
Parem os testes pra próxima novela das oito
Parem as eleições
E as religiões.

Parem as prensas
Parem às pressas
As prosas e as rezas
Parem as aeronaves
E as aves
E as suaves melodias parem também.

Parem as grávidas
E a gravidade
Parem as avenidas
E os automóveis
Parem os navios
Parem os pavios
Parem as bombas
Parem as pombas no ar
Parem as chuvas
As agriculturas e as culturas
Parem.

As danças
As crianças
As festanças
As lembranças
Parem, parem.

Parem os planetas e as estrelas
Parem a existência inteira
Enquanto não existir pra sempre
Juntos somente
Eu e ela.